Pular para o conteúdo principal

Aviso Aos Navegantes

Antigamente, há uns vinte anos atrás, falava-se da internet em termos marítimos. "Navegávamos" na internet, "surfávamos" em sites e blogs, acabávamos enredados na rede embolada que era esse mundo novo. Hoje em dia esses termos saíram fora de moda, mas sempre gostei da ideia de navegar e vou continuar usando-a ao longo desse texto. Afinal, isso aqui é um blog, e assim como o termo "navegar" ou "surfar" já não é mais usado por aí, os blogs também não.

De toda forma, isso é um blog pessoal. Um barco novo, flutuante em algum cais há muito abandonado. E qualquer um está convidado a subir nele e ouvir a falação interminável do capitão.

Eu na época em que tinha o cabelo grande e uma coluna para ler debruçado

(Descrição: homem branco com cerca de vinte e cinco anos, de cabelos longos e encaracolados e barba debruçado numa cama enquanto segura e lê compenetrado um livro)


E QUEM É ELE?

O capitão sou eu, prazer. Chamo-me Roger Portela e meu pseudônimo de autor é R. R. Portela (meio óbvio, não é?) Sou pai em tempo integral, escritor o tempo todo, RPGista de vez em quando. Cursei letras, mas não concluí o curso. Sou casado, não-monogâmico, tenho vinte e seis anos e já fiz de tudo um pouco, em questão de trabalho, mas na vida pessoal também. De todas as coisas, escrever é minha paixão. E é por isso que criei esse blog.

Eu escrevo fantasia especulativa em todas as suas vertentes, mas principalmente fantasia e horror. Tenho publicações por aí desde 2020, ou seja, sou um escritor novo no mercado. Já publiquei histórias em vários cantos, de antologias e revistas, apenas contos, que já saíram ou estão por sair.

Minhas principais publicações são Três Danças, da primeira edição da Revista Escambanáutica, Na Décima Terceira Embarcação, na primeira edição da Revista Ignoto (aparentemente eu gosto de estrear coisas). Já publiquei na Faísca, newsletter da Revista Mafagafo, e em algumas antologias da Editora Cyberus. São todos projetos incríveis e fico bem feliz ao pensar que sim, já passei por um bocado de bons lugares. Não é mais tão difícil me encontrar por aí.

Escrevo, em sua grande maioria, romances, apesar de muitos não finalizados e outros engavetados, apenas aguardando sua hora de dar as caras por aí, ou não. De toda forma, esse é o capitão, e agora vamos saber um pouco mais sobre a embarcação.

QUE BLOG É ESSE?

Esse blog nasceu de três frentes: a primeira é a necessidade de ter um site de autor. Mas não quero pagar domínio agora e eu nem sei mexer nisso direito. Além disso, conforme fui cozinhando um pouco mais a ideia, concluí que esse é um blog de autor, mas também não é. Não da maneira mais tradicional.

A segunda frente é a saudade dos blogs, onde passei minha adolescência toda, misturada ao fato de que sou um pouco tímido em redes sociais. Ainda aguardo a morte das redes e a ressurreição dos blogs.

A terceira é ter um espaço para eu poder falar um pouco mais sobre certos assuntos. As redes sociais não são o lugar ideal para falar. Problemática demais, impessoal demais. Os blogs são mais intimistas, gosto bem mais. Não tão visitados quanto as redes sociais, mas o que isso importa?

Por fim, é por esses motivos que este lugar existe. Mas afinal de contas, o que vai ser dele?

A TAL EMBARCAÇÃO, FINALMENTE

Esse é um blog de autor, como eu disse lá em cima. Ou seja, ele serve para eu falar da minha escrita e dos meus futuros lançamentos, dos meus sucessos e dos meus fracassos. Espero fazer bom uso dele, usando-o como diário de escrita, mas esse não vai ser seu principal foco.

Esse é um blog para ter resenhas literárias e análises de filmes. Quero postar flash fictions e prompts aleatórios. Vou falar de RPG, claro, porque eu gosto bastante. Também é um lugar para eu fazer reflexões sobre o meu dia a dia, quando eu me sentir confortável sobre isso.

Pretendo falar dos meus universos literários, sobre arte em geral, mas apenas das que eu gosto. Enfim: é um blog de autor, mas também não é. É minha própria bagunça particular.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O que as adaptações deveriam ser

  O motivo de eu resolver escrever esse texto. (Descrição da imagem: cartaz da série Percy Jackson and the Olympians, da Disney+. Percy,  menino branco, adolescente, está com um joelho no chão, de perfil, segurando uma espada dourada que brilha levemente. Atrás dele, as ondas se formam num arco. A foto está levemente inclinada.) Ano passado, na bienal do livro, resolvi ir na palestra com Ana Paula Maia porque é uma autora que eu gosto muito e estava com vontade de vê-la autografando meu "Enterre Seus Mortos". Além disso, havia algumas pessoas interessantes na mesma palestra, entre elas, Rodrigo Teixeira, produtor cinematográfico. O tema da palestra era sobre adaptações: Rodrigo Teixeira tinha acabado de produzir o filme de "Enterre Seus Mortos", que será lançado ainda esse ano, com Selton Mello no papel principal. Dentre tantas conversas, Ana Paula Maia comentou que houveram sim mudanças na adaptação, um personagem que morre no filme não morre no livro, personagem i

Seu Protagonista Pode Ser Desagradável — E Isso É Bom

  Não é o protagonista, mas ilustra bem o que quero dizer (Descrição da imagem: Stannis Baratheon, da série Game of Thrones, um homem de meia idade, um pouco calvo, com cabelo e barba cinzentas. Usa uma armadura com um símbolo de um alce dentro de um coração em chamas no peito. Tem o olhar sério e, desfocado lá trás, alguns soldados portam armas.) É sempre gostoso pegar um livro novo, sentir o seu cheirinho e penetrar naquele universo com personagens agradáveis. Gente com quem você vai se importar. Que vai te inspirar ou vai te fazer, se não querer ser aquela pessoa, tê-la como amiga. É muito comum, na literatura, o pensamento de que seu protagonista precisa ser uma pessoa agradável porque isso gera empatia. Se as pessoas se importam com seu protagonista, é muito mais fácil para ela continuar aquela leitura até o fim e/ou se importar com o caminho que está sendo percorrido. Quanto mais o seu leitor se importar com as pessoas que estão no centro daquela história, melhor algumas cenas te

Dois Caminhos Diferentes Para a Fantasia Sombria

 Não é difícil entender o motivo do Grimdark (ou fantasia sombria) ter se tornado tão desinteressante nos últimos anos. Surgindo inicialmente como uma resposta para a fantasia épica à la Senhor dos Anéis, a fantasia sombria veio para acabar com a dualidade do bem/mal, certo/errado, criando apenas áreas cinzentas em mundos fantásticos cada vez mais... sombrios. E isso é bom. Quer dizer, a ideia de gerar mundo mais sombrios e perigosos para seus personagens que agora não eram heróis tão definidos, mas tendiam a ser heróis por ocasião. Ou às vezes nem isso. Não demorou muito para a fantasia sombria descambar para o que há de pior na fantasia. Existe uma piadinha ácida que diz que para uma fantasia medieval existir tem que ter dragões e estupros. Basicamente as histórias pararam de ter personagens cinzentos sobrevivendo em mundos complicados para ser apenas desculpa para violência exacerbada e, ouso dizer, pervertida e perversa, por parte de certos autores. Eu não quero entrar na discussão